Augusto dos Anjos
As árvores meu filho não têm alma
e esta árvore me serve de impecílio
é preciso cortá-la pois meu filho, para que
eu tenha uma velhice calma.
Meu pai, por que sua ira não se acalma?
Deus pôs alma nos cedros e nos junquilhos
e esta árvore meu pai, possui minha alma.
Disse e ajoelhou-se numa rogativa.
Não mate a árvore pai, para que eu viva.
E quando a árvore olhando a Pátria Serra,
Caiu aos golpes do machado branco.
E o moço triste se abraçou ao tronco
e nunca mais se levantou da terra.
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